' '' Brincadeiras infantis com música, histórias, pequenos textos e mais! | Revista Rondoniense de Pedagogia

08/04/2015

Brincadeiras infantis com música, histórias, pequenos textos e mais!


Baseado nas sugestões de Yared; Barbosa; e Leite (2002), apresenta-se a seguir uma proposta de debate e produção de texto, para turmas de 5ª e 6ª séries, que consiste basicamente na escolha de um texto, de título Brincadeiras Infantis, assunto familiar ao universo da criança:

Por todo o País são inúmeras as brincadeiras apreciadas pelas crianças, elas demonstram as características sociáveis, onde procuram outras crianças com o intuito de se divertir, resta salientar que, na maioria das brincadeiras, há restrições quanto às regras estabelecidas pelas próprias crianças, ou seja, em algumas brincadeiras, apenas os meninos podem brincar com meninos e, em outras, apenas as meninas podem brincar com meninas. 

As características da expressividade e senso lúdico das crianças são bastante trabalhadas nessas brincadeiras. O que mais é valorizado é a participação da criança que quer brincar, entre as diversas brincadeiras estão: Gudes, Pipas, Pião, Ciranda, Cantiga de Roda, Amarelinha, Esconde-Esconde, dentre outras.

Partindo do texto exposto anteriormente ou de um outro texto similar, o professor pode sugerir atividades tais como:

  • Relembrar com os alunos algumas brincadeiras que são comuns na infância, e em várias regiões brasileiras como o esconde-esconde, o passa-anel, os jogos de sorte, o pega-pega, dentre outras.
  • Solicitar à turma que se dividam em grupos para debaterem o tema e compartilharem experiências.
  • Solicitar aos alunos que escrevam um texto no qual expliquem as regras da brincadeira escolhida, determinando objetivos a serem atingidos e regras por ordem de importância, evitando repetições de expressões do tipo: aí, daí, então e etc.
  • Pedir que troquem os textos entre os grupos, reelaborando-os caso seja necessário.
  • Entregar a produção ao professor para que ele faça os comentários devidos.
Quando couber, o professor pode aproveitar, também, para atividades de gramática, ortografia e leitura.


5.2 Carta de um Jovem


Baseado nas sugestões de Yared; Barbosa; e Leite (2002), apresenta-se a seguir uma proposta de debate e produção de texto, para turmas de 7ª e 8ª séries, que consiste basicamente na escolha de um texto, de título Carta de Um Jovem, assunto familiar ao universo do adolescente:

Num determinado Hospital de São Paulo, um jovem de apenas 19 anos, endereçou a seu pai uma comovedora carta de adeus, fato verídico ocorrido na Capital. Vale a pena divulgá-la pelo seu conteúdo significativo. Dizia o jovem nessa carta: "Acho que nesse mundo ninguém procurou descrever seu próprio cemitério. Não sei como meu pai vai receber este relato, mas preciso de todas as forças enquanto é tempo. Sinto muito, meu pai, acho que este diálogo é o ultimo que tenho com o senhor, sinto muito mesmo... Sabe pai, está em tempo do senhor saber a verdade de que nunca desconfiou. Vou ser breve e claro, bastante objetivo. O tóxico me matou. Travei conhecimento com o meu assassino aos 15 anos de idade. É horrível não pai? Sabe como eu conheci essa desgraça? Por meio de um cidadão elegantemente vestido, bem elegante mesmo, e bem falante, que me apresentou ao meu futuro assassino: A Droga. Eu tentei recusar. Tentei mesmo, mas o cidadão mexeu com o meu brio, dizendo que eu não era homem. Não é preciso dizer mais nada, não é, pai? Ingressei no mundo do vício. No começo foi o devaneio; depois as torturas, a escuridão. Não fazia nada sem que o tóxico estivesse presente. Em seguida veio a falta de ar, o medo, as alucinações. E logo após a euforia do "pico", novamente eu me sentia mais gente que as outras pessoas, e o tóxico, meu amigo inseparável, sorria, sorria. Sabe meu pai, a gente começa a achar tudo ridículo e muito engraçado. Até Deus eu achava cômico.  Hoje, no leito de um hospital, reconheço que Deus é mais importante que todo mundo. E que sem sua ajuda eu não estaria escrevendo essa carta. Pai, eu só estou com 19 anos e sei que não tenho a menor chance de viver. É muito tarde para mim. Mas, ao senhor, meu pai, tenho meu último pedido a fazer: mostre essa carta a todos os jovens que o senhor conhece. Diga-lhes que em cada porta de escola, em cada cursinho de Faculdade, em qualquer lugar, há sempre um homem elegantemente vestido e bem falante que irá mostrar-lhes o futuro assassino e destruidor de suas vidas e que os levará à loucura e à morte, como aconteceu comigo. Por favor, faça isso meu Pai, antes que seja tarde demais para eles. Perdoe-me, pai... já sofri demais, perdoe-me também por fazê-lo padecer pelas minhas loucuras, Adeus meu pai...” Algum tempo depois de escrever essa carta, o jovem morreu.

Partindo do texto exposto anteriormente ou de um outro texto similar, o professor pode sugerir atividades tais como:

  • Fazer a leitura do texto em voz alta para a turma.
  • Criar um debate sobre o texto.
  • Fazer, em grupos, com que os alunos pensem em uma frase que consiga resumir, sintetizar, o que está escrito no texto, ou que remeta a idéia principal.
  • Solicitar aos alunos que escrevam através de um acróstico, um poema, utilizando a frase criada. O professor orienta o trabalho no momento em que estiver sendo confeccionado, exemplificando e dando sugestões.
  • Por fim, todos poderão ler seus poemas, dando a oportunidade ao professor de avaliar, dentre outras habilidades, criatividade, descontração, possíveis dificuldades em resumir, sintetizar e desenvolver idéias.
  • Quando couber, o professor pode aproveitar, também, para atividades de gramática, ortografia e leitura.

5.3 Malhação

Baseado nas sugestões de Yared; Barbosa; e Leite (2002), apresenta-se a seguir uma proposta de debate e produção de texto, para turmas de 5ª, 6ª, 7ª e 8ª séries, consiste basicamente na escolha de uma sinopse de um episódio de malhação, de título Adeus, dinheiro!, assunto familiar ao universo dos jovens:

Urubu promete pensar, embora não goste muito da idéia. Léo se assusta quando Aline diz que ele é o homem de sua vida, com quem vai casar e ter filhos. João não quer ir à audiência e Rita explica que ele pode ser condenado. Rico esbraveja com a falta de luz e pergunta se eles querem que ele se mude. Vilma, Download e Bel negam. Urubu alerta Betina a guardar o dinheiro em lugar seguro. João diz que não vai poder viajar. Natasha pede que ele confie nela. Kiko falta ao teste de inglês. Léo conta para Betina sobre Aline. Pasqualete empresta um armário para Betina e Jaque. Urubu vende pulseirinhas. Aline ouve que a cigana Rosa Lee foi presa por charlatanice. Bel tenta minimizar. Kiko esnoba Marcão mais uma vez, chamando-o de anônimo. Bel confessa que ela e Download tentaram dar uma força para o romance de Aline. A menina diz que está morrendo de vergonha de Léo. Urubu segue Pasqualete e Betina. Renzo avisa Natasha que ela vai de carro com ele. João não gosta. Urubu vê Betina anotar o segredo do cadeado em um bloco e consegue descobrir os números.

Partindo do texto exposto anteriormente ou de um outro texto similar, o professor pode sugerir atividades tais como:

 Debater sobre o que representa a televisão atualmente como veículo de informação, tal como as características das telenovelas, a diversidades de linguagens; o público alvo a ser atingido, e em particular a mini-novela Malhação.

Dividir a turma em grupos para debaterem o tema (se assistem, se gostam ou não...)

Escrever em conjunto um diálogo, tendo por base o episódio exposto acima intitulado Adeus, dinheiro!

Apresentar oralmente para a classe o texto dramatizado num tempo máximo de 10 minutos, representando bem os gestos e a postura corporal que caracterizam esses personagens, tendo o professor a incumbência de fazer a monitoria dos trabalhos enquanto são elaborados.

Quando couber, o professor pode aproveitar, também, para atividades de gramática, ortografia e leitura.


5.4 De Futebol


Baseado nas sugestões de Rangel (2002), apresenta-se a seguir uma proposta de leitura e debate, para turmas de 5ª, 6ª séries, que consiste basicamente na escolha de um texto, de título De Futebol, assunto familiar ao universo do indivíduo:

“Um gramado retangular. No meio dos lados menores do retângulo uma armação retangular de madeira, um quadro que é boca de uma rede onde deve ser arremetida uma pelota de couro que dez homens de um lado contra dez do outro impelem através do campo, sem pôr a mão na pelota, o que só têm licença de fazer os guardiões dos quadros”. Não parece que esse jogo, inventado pelos ingleses, tenha outra importância na ordem das coisas senão a de ocupar sadiamente ao ar livre o lazer de vinte e dois homens. Pois bem, sobre tão frágil estrutura criou-se com o tempo um mundo de interesses materiais, emotivos, sociais, nacionais e continentais; talvez futuramente, com a conquista dos espaços siderais, interplanetários! O que foi a princípio simples entretenimento de horas de folga, tornou-se uma profissão; assistência desses jogos, que requeria apenas uma pequena arquibancada, como são hoje as de natação ou basquete, exige hoje estádios monumentais; a publicidade em torno dessa atividade supera qualquer outra. Um campeonato mundial de tal esporte, que não é mais esporte (sport é divertimento, não meio de vida), apaixona de tal modo a opinião que envolve os brios nacionais, e uma briga no jogo entre adversários sem educação pode acarretar movimentos de antipatia entre países a que eles pertencem. Não é insensato? “[...]” (BANDEIRA, 1981).

Partindo do texto exposto anteriormente ou de um outro texto similar, o professor pode sugerir atividades tais como:

Solicitar aos alunos que façam a leitura em voz alta. Debater o texto com questões do tipo: Ter liberdade é fazer tudo o que se quer? O que seria dos pedestres se quisessem atravessar uma avenida do centro da cidade, se não houvesse semáforos? Qual a importância das regras na sociedade? dentre outras.

Solicitar a um aluno que complete, livremente, com suas idéias, a frase: - O que o texto me diz:...; Depois pedir a um segundo aluno que complete, livremente, com suas idéias, a frase: - O que eu digo ao texto:...; e a um terceiro aluno que, dirigindo-se aos colegas anteriores, complete, livremente, com suas idéias, a frase: - O que eu digo aos meus colegas:...

    Observação: A Dinâmica poderá ter continuidade com novos alunos completando as frases. Depois professor e alunos podem comentar experiências, observando contribuições à aprendizagem e manifestando percepções pessoais.

·         Quando couber, o professor pode aproveitar, também, para atividades de gramática, ortografia e produção de texto.


5.5 Os Simpsons


Assim como Rangel (2002), apresenta-se a seguir uma proposta de leitura e debate, para turmas de 7ª e 8ª séries, em que consiste basicamente na escolha de um texto que resume um episódio do desenho animado Os Simpsons, de título Blame it on Lisa de assunto familiar ao universo do indivíduo:

Tudo começa em Springfield quando chega uma conta de telefone no valor de 400 dólares cobrando ligações telefônicas para o Brasil. Homer começa a estrangular Bart mas na verdade a culpada foi Lisa (daí vem o nome do episódio Blame it on Lisa ou seja Ponha a culpa na Lisa). Homer e Marge vão para a companhia telefônica e falam que não vão pagar essa conta, a companhia então corta a linha telefônica impedindo os Simpsons de usarem o telefone. Homer, como é um expert nesses serviços, sobe no poste para tentar religar o serviço e acaba levando uma seqüência de choques.
Então, a família decide ir ao Brasil para ver o que está acontecendo e Lisa resolve assumir que foi ela e fala que o dinheiro gasto era para um órfão chamado Ronaldo, que mora no Rio de Janeiro, no orfanato Anjos Imundos. Homer não gosta da idéia e fala que os meninos do Brasil são pequenos Hitlers (numa engraçada referência ao livro Os Meninos do Brasil). Lisa coloca para a família uma fita de vídeo enviada por Ronaldo agradecendo as doações de Lisa e comenta que, com o dinheiro que ela deu, foi possível comprar sapatos para dança e uma porta para o orfanato que estava sendo invadido por macacos a todo momento. Os Simpsons chegam no Brasil e vão para um hotel onde os funcionários são tão fanáticos por futebol que chutam as malas dos hóspedes. Bart fica fascinado por um programa para crianças (uma bela gozação aos antigos programas da Xuxa, com direito a paquitas de maiô que ficam se esfregando em letras). A família vai até uma favela procurar Ronaldo, e Marge fala: “- Nossa, que vizinhança mais charmosa!” e Lisa retruca: “- Mãe isso é uma favela, o governo pinta ela de cores diferentes para que os turistas não fiquem ofendidos”. Marge: “- É, para mim funcionou”. Após isso, os Simpsons vão até uma churrascaria, e Lisa faz um plano: a família deve se dividir para achar Ronaldo. Bart e Homer vão para a praia de Copacabana. Lisa e Marge vão para uma escola de samba onde estão dançando uma nova mania nacional, a Enfiada. Ao chegar a uma feirinha, Homer e Bart são distraídos por uma vendedora enquanto trombadinhas roubam suas coisas. Após entrar em um táxi, Homer é seqüestrado. Homer vai parar na Amazônia. Marge encontra Ronaldo em um carnaval de rua, ele está vestido de flamingo em cima de um carro alegórico. Ronaldo, que havia ficado rico como figurinista (e trabalhava para o tal programa infantil) dá o dinheiro para pagar o resgate de Homer. O lugar para o pagamento são os bondes do Pão de Açúcar.
Marge joga o dinheiro para os seqüestradores e Homer pula para o bonde de Marge. Com o peso de Homer, o Bondinho cai de uma altura muito grande e, quando chega ao chão, Marge pergunta se Homer está bem e o beija, o episódio acaba com Bart comido por uma cobra e dançando samba dentro dela.

Partindo do texto exposto anteriormente ou de um outro texto similar, o professor pode sugerir atividades tais como:

  • Solicitar a um aluno que diga um argumento a favor do texto;
  • Solicitar a um segundo aluno que diga um argumento contra o texto;
  • Solicitar a um terceiro aluno que diga com qual dos dois colegas concorda e por quê?
    Observação: A Dinâmica poderá ter continuidade com a solicitação de novos argumentos. O Professor poderá comentar os argumentos apresentados, e, ao final, todos participam trocando experiências, observando contribuições à aprendizagem e manifestando percepções pessoais.
·         Quando couber, o professor pode aproveitar, também, para atividades de gramática, ortografia e produção de texto.


5.6 O Açúcar


Baseado nas sugestões de Rangel (2002), apresenta-se a seguir uma proposta de leitura e debate, para turmas de 5ª, 6ª, 7ª e 8ª séries, que consiste basicamente na escolha de um poema intitulado O Açúcar, porém compreensível à realidade do indivíduo nesta etapa do conhecimento em estudo:

O branco açúcar que adoçará meu cafénesta manhã de Ipanemanão foi produzido por mimnem surgiu dentro do açucareiro por milagre.[...] Este açúcar veioda mercearia da esquina e tampouco o fez o Oliveira,dono da mercearia.Este açúcar veiode uma usina de açúcar em Pernambucoou no Estado do Rioe tampouco o fez o dono da usina.Este açúcar era canae veio dos canaviais extensosque não nascem por acasono regaço do vale.Em lugares distantes, onde não há hospitalnem escola,homens que não sabem ler e morrem de fomeaos 27 anosplantaram e colheram a canaque viraria açúcar.Em usinas escuras,homens de vida amargae duraproduziram este açúcarbranco e purocom que adoço meu café esta manhã em Ipanema. (GULLAR, 1997).

Partindo do texto exposto anteriormente ou de um outro texto similar, o professor pode sugerir atividades tais como:

  • Solicitar a um aluno que destaque, no texto, uma passagem que julgou importante e fale a turma;
  • Solicitar a um segundo aluno que explique por que, na sua opinião, o acontecimento destacado pelo colega é importante;
  • O professor solicita ao primeiro aluno que diga se a explicação do colega correspondeu, ou não, à importância que ele atribuiu à informação, e por quê?
  • Levar os alunos a refletirem sobre os seguintes temas: Desigualdade e Injustiça Social, Exclusão, Autoritarismos, Poder Político, dentre outros.
Observação: A dinâmica poderá ter continuidade, com o destaque de uma nova informação. Professores e alunos poderão comentar experiências, observando contribuições à aprendizagem e manifestando percepções pessoais.

·         Quando couber, o professor pode aproveitar, também, para atividades de gramática, ortografia e produção de texto.


5.7 Apostas e Certezas

Baseado nas sugestões de Cereja; e Magalhães (2003) apresenta-se a seguir uma proposta de ortografia, para turmas de 5ª, 6ª, 7ª e 8ª séries, que consiste basicamente na escolha de uma música recente, cantada por um grupo chamado CPM22, intitulada de Apostas e Certezas, canção muito ouvida pelos jovens da faixa etária em estudo:


Apostas e CertezasCPM 22Quantas ve__z_es eu fu_g__iDistraindo os meus sentidosTantas ve_z__es nada qui_s__Destratando os meus amigosOutras tantas discutiSó pra não te en__x_ergarEstava aqui
Entre prome_ss__as e despe_s__asApostas e certe_z__asCada ve_z__  mais
Entre promessas e despe__s_asApostas e certe_z__asCada ve_z__  mais
Quero fu__g_ir das derrotasSorriso na cara, estou de volta
Quero fu__g_ir das derrotasSorriso na cara, estou de voltaAlgumas ve_z__es eu mentiDespre_z__ando os teus sorrisosTodas as ve__z_es eu te qui_s__Provocando, discutindoTra_z__  todo amor pra mimSem fu_g__ir ou me e_s__tranharTá tudo aqui
Entre promessas e despe_s__asApostas e certezasCada ve__z_  mais
Entre promessas e despe_s__asApostas e certe__z_asCada ve_z__  mais
Quero fu_g__ir das derrotasSorriso na cara, estou de volta
Quero fu_g__ir das derrotasSorriso na cara, estou de volta(Composição: Luciano / Carlos Dias)


Partindo da letra de música exposta anteriormente, com espaços em branco, para que os alunos completem, ou de uma outra letra similar, com o mesmo tipo de exercício; o professor pode sugerir atividades tais como:

  • Perguntar à turma quem sabe e pode cantar “Apostas e Certezas” do CPM22;
  • Pedir que preencham adequadamente os espaços em branco;
  • Fazer a correção (fica a critério do professor se ele próprio o fará no quadro-negro ou solicitará a alunos que o façam);
  • Promover discursos que envolvam os seguintes temas: Para que serve a ortografia, a importância do escrever bem para o padrão culto da Língua, a adequação da escrita, e principais dúvidas de ortografia tais como X ou CH?,  S ou Z?,  Dentre outras.
·         Quando couber, o professor pode aproveitar, também, para atividades de gramática, leitura e produção de texto.


5.8 Quebra-Cabeça


Baseado nas sugestões de Kraemer (2005), apresenta-se a seguir uma proposta de ortografia, para turmas de 5ª, 6ª, 7ª e 8ª séries, que consiste basicamente num jogo intitulado Quebra-Cabeça, em que se apresenta apenas o aproveitamento da atividade, ficando a critério do professor a seleção de palavras e frases que julgar convenientes.

A partir de um quebra-cabeça criado pelo próprio professor, as palavras deverão ser aquelas em que os erros de ortografia são incidentes e que mais dúvidas geram. Pode-se sugerir aos alunos atividades tais como:

  • Dividir a turma em grupos.
  • Entregar aos grupos uma série de palavras recortadas ao meio, com traçados de recortes diferentes, de modo a formarem um Quebra-Cabeça. Todos os grupos recebem cópias das mesmas palavras.
  • Vence a primeira etapa o grupo que primeiro montar o quebra-cabeça corretamente.
  • Leitura das palavras em voz alta.
  • Solicitar que os alunos procurem no dicionário o significado das palavras montadas.
  • Vence a segunda e última etapa quem conseguir primeiro realizar a tarefa corretamente.
  • Explanações sobre a importância da Ortografia na escrita.
·         Quando couber, o professor pode aproveitar, também, para atividades de gramática.


5.9 Pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico


Baseado nas sugestões de Martins (2005), apresenta-se a seguir uma proposta de gramática, para turmas de 5ª, 6ª, 7ª e 8ª séries, que consiste basicamente na apresentação de uma palavra atípica porém existente dentro da língua portuguesa, e um texto explicativo a título de curiosidade, intitulado Você lê um palavrão de 46 letras?:

Segundo o Professor Vicente Martins (2005), da Faculdade Estadual Vale do Acaraú, por mais que pareça mentira, a palavra, ou melhor, o palavrão acima, existe mesmo e está registrado no novo Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, tendo por definição “estado de quem é acometido de uma doença rara provocada pela aspiração de cinzas vulcânicas”. E, para a lingüística convencional, a palavra em estudo é perfeitamente possível, já que se entende como “um elemento lingüístico significativo, composto de um ou mais fonemas”, ainda que chegue a ter 46 letras, é uma unidade lingüística cujo significado está na cultura vigente, na compreensão oral, na fala e na escrita.

Partindo do texto exposto anteriormente ou de um outro texto similar, o professor pode sugerir atividades tais como:

  • Fazer em voz alta a leitura do texto.
  • Perguntar se há alguém na turma que consegue ler rapidamente a palavra sem errar.
·         Fazer a decodificação da palavra através de seus morfemas e fonemas (pneumonia, ultramar, microscópio, vulcão, cone, ouvido, sulfúrico). Explicando o significado de cada uma delas.

  • Solicitar aos alunos que se dividam em grupos.
  • Propor aos alunos que, dentro de um tempo estipulado pelo professor, pensem no seguinte tema: Quantas palavras poderão ser formadas a partir das letras que compõem o palavrão.
  • Pedir que pensem rapidamente, pois ganhará o grupo que conseguir formar o número maior de palavras.
  • Ao final, todos deverão ler suas listagens.
  • O professor, a partir do jogo, pode iniciar debates sobre: A importância das palavras, estrangeirismos, empréstimos, dentre outros.
·         Quando couber, o professor pode aproveitar, também, para atividades de ortografia e produção de texto.


5.10 É questão ou não de confiança?

Sugestões da própria autora, apresenta-se a seguir uma proposta de gramática, para turmas de 7ª e 8ª séries, que consiste basicamente na apresentação de um diálogo intitulado É questão ou não de confiança? Com gírias e expressões familiares ao universo do jovem:

[...]
Tatiana: Pessoal!, já são dez e meia da noite e, estamos fazendo trabalho ha duas horas.
 Vamos comer uma pizza?
Rodrigo: Tá bom, a verdade é que de tanto pensar me abriu mesmo o apetite.
Tatiana: Querem que eu prepare, ou pedimos para entregar à domicílio?
Isabela: É melhor que peçamos comida pelo telefone para não perder tempo na
              cozinha. Tem a vantagem de ser mais rápida...e mais seguro.
Rodrigo: Bom, vou pedir por telefone uma Pizza Gigante. Que sabor preferem?
Tatiana: Não, deixa que eu peço.
Isabela: Tatiana! Antes de sair do quarto para telefonar pergunta agente de que sabor
               queremos né?
Tatiana: Pode deixar comigo eu prometo que não irão se decepcionar.
Isabela: Tomara! Vamos ver se realmente ela quer muito os amigos.
[...]
Isabela: Hummm!, muito saborosa estava a Pizza.
Tatiana: Não falei, vocês precisam confiar mais em mim. Sabia que não ia
               decepciona-los.
Isabela: Tati, não é questão de confiança e sim de gosto.
Tatiana: Confiança também, eu sei que vocês não levam muita fé nas coisas que faço.
               Comigo vocês sempre ficam com uma pulga atrás da orelha.
Rodrigo: Impressão sua. Está sempre com minhocas na cabeça.
Isabela: Ah, sabe? Hoje fiquei refletindo por várias horas sobre um pensamento que li
               na internet que dizia assim: “Se não aprendes a confiar nos demais,
               dificilmente conseguirás que eles confiam em ti”.
Rodrigo: Não disse?

Partindo do texto exposto anteriormente ou de um outro texto similar, o professor pode sugerir atividades tais como:

  • Solicitar que dois alunos leiam o diálogo emotizando, vivenciando os personagens.
  • Pedir que toda a turma identifique sete erros gramaticais.
  • Fazer a correção e a releitura.
  • Suscitar debates sobre gírias, expressões populares, além de esclarecer os erros que foram postos em questão. 
·         Quando couber, o professor pode aproveitar, também, para atividades de ortografia, produção de texto e leitura.


5.11 Como dá trabalho ser (parecer) jovem


Baseado nas sugestões de Yared; Barbosa; e Leite (2002), apresenta-se a seguir uma proposta de gramática, para turmas de 5ª, 6ª, 7ª e 8ª séries, que consiste basicamente na escolha de dois textos, o primeiro intitulado Como dá trabalho ser (parecer) jovem, e o segundo Conversando a gente se entende, ambos de assunto familiar ao universo do adolescente. Primeiro texto:

Podemos ler a seguir um comentário da cronista Danusa Leão sobre as mudanças que as palavras sofrem com o passar do tempo. Ela faz as seguintes sugestões para as pessoas que desejarem parecer mais joviais:
Vai ser preciso decorar algumas expressões e palavras novas; nada evidencia mais a idade de uma pessoa do que termos do passado. Exemplos: não diga jamais a palavra vitrola- diga som; nem fale em disco- só em CD. Se disser anúncio ou reclame é uma condenação à morte; a palavra certa é publicidade, sacou? (sacou, sim- morou nem pensar)
É necessário estar muito por dentro de todos os movimentos musicais, e aí é preciso muita cautela: não se diz piano, se diz cordas, não se diz conjunto nem orquestra, se diz banda-e pode falar em bateria, mas não se esqueça jamais da percussão. Deu para entender? Então, agora, decore. Também nunca diga que foi ver uma fita de cinema- é sempre um filme. (LEÃO, 1997).

Segundo texto:

Rogério e Neco são dois rapazes que se encontram casualmente e conversam usando gíria:
-Oi, cara!
- Õ rapaz. Ce por aqui?
- Numa boa, pode crer. Numa boa, sem grilo!
[...]
- E aí, meu? Dando um giro pelai?
- É, pode ser.
- Como você me achou?
- Pois é, né. Naquele sábado vim atrás de você, chapinha.
- [...] Nem me toquei! LEMOS (1995).

Partindo dos textos expostos anteriormente ou de outros textos similares, o professor pode sugerir atividades tais como:

  • Solicitar aos alunos a leitura dos dois textos (primeiro em silêncio e depois em voz alta).
  • Se o professor achar oportuno, pode pedir aos alunos que emotizem, ou seja, teatralizem o texto dois.
  • Pedir aos alunos que se dividam em grupo.
  • Propor a seguinte atividade: cada grupo terá que montar um pequeno dicionário com as principais gírias da roda de amizades dos próprios alunos, ou de outras.
  • O grupo que tiver com maior número de palavras e significados agrupados “vence”.
  • No final, todos farão a leitura para os demais grupos.
  • O principal tema que pode ser desenvolvido depois dessa atividade lúdica é o da Adequação e Inadequação de palavras.
    Observação: Mesmo que o aluno invente, na hora de listar, algumas gírias, a criatividade ao estabelecer sentido a estas palavras é algo que pode ser levado, como um fator positivo em consideração.
·         Quando couber o professor pode aproveitar, também, para atividades de ortografia, produção de texto e leitura.

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